Todos os anos acontece durante as atividades para a Feira do Livro, uma tarefa que incentiva os alunos das redes municipal e estadual a escreverem textos para o concurso literário. São selecionados os “melhores” de cada Escola (por categoria) e são enviados para avaliação. São quatro categorias e em cada uma três são escolhidos.
A Escola Décio participou das categorias C e D e mais uma vez nossos representantes fizeram bonito.
Dia 02 de outubro, no Parque Jorge Kuhn, noite do Sarau Literário, cada autor defende seu texto. O secretário de Educação e Cultura, professor Marcelo Marin, conduziu as apresentações. O corpo de jurados foi composto pelas professoras Patrícia Rosina Stoffel Hansen, Greisi Fabiane Jung e Marli Schmitt, pela escritora Kênia Colares e pela fonoaudióloga Marliese Christine Simador Godoflite, que avaliaram a dissertação dos textos e a interpretação dos seus autores.
A classificação ficou conforme segue:
Categoria C (8º e 9º ano)
1º Lugar e Melhor Intérprete Diana Portes de Oliveira com o texto “ Quem somos nós na sociedade”
2º Lugar Giovanna Jaskulski Nienwinski com o texto “ O jovem protagonista do futuro”
3º Lugar Luísa Carolina Werle “ O verdadeiro eu na sociedade”
Categoria D (Ensino médio)
1º Lugar e melhor Intérprete Elena Raquel Benke de Souza com o texto “ (Des) Importância da leitura”
2º lugar Nicole Rückert com o texto “ O primeiro passo para o progresso”
3º lugar Roger Prates Nobles com o texto “ As raízes de toda história”
OS TEXTOS CAMPEÕES DA DÉCIO
Categoria C
Quem somos nós na Sociedade?
Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual os jovens não se preocupam com a nossa sociedade. Comparando a juventude atual com os jovens das gerações passadas e levando em consideração toda a informação que temos em nossas mãos, deveríamos ser muito mais engajados. No entanto, somos acomodados e indiferentes com assuntos que não nos beneficiam ou não nos atingem diretamente.
Infelizmente, nós jovens, não exercemos um papel muito ativo na sociedade. Apesar do nosso descontentamento com a situação atual do país, não procuramos transformá-la e não demonstramos preocupação.
Hoje em dia temos o mundo em nossas mãos graças à tecnologia, mas em vez de usarmos para adquirir conhecimento, na maior parte do tempo, consumimos conteúdo irrelevante para o nosso crescimento e formação.
Por outro lado, o que me deixa mais decepcionada é estar ciente de que o futuro depende de nossas ações. Somos nós jovens que precisamos fazer a diferença na sociedade para construir com um país melhor e mais justo. No entanto, a maior parte da geração atual não está preparada para tamanha responsabilidade.
Já dizia o provérbio oriental: “Tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam tempos fáceis. Tempos fáceis criam homens fracos, homens fracos criam tempos difíceis”.
Por isso tudo, devemos começar a alimentar a ideia de que daqui a alguns anos, nós estaremos dirigindo o mundo e então daremos os primeiros passos em direção à transformação.
Texto de Diana Portes de Oliveira
Categoria D
A (des)Importância da Leitura
Numa época sombria, onde cada vez mais a fumaça nos cega, vislumbramos, de olhos ardidos, um país onde a leitura não é importante.
Não é importante. Por inúmeros fatos, mas principalmente porque ela nos faz pensar.
Pensar nos faz questionar, criticar, nos tira da posição de conformados, faz com que não aceitemos aquilo que nos é imposto como verdade, quando discordamos disso.
Talvez por tal fato, cada vez mais são feitos cortes de verbas ao incentivo à leitura, educação e cultura, práticas as quais nos fazem pensar fora da caixa. Qual é o governo que gosta e seus opositores? Portanto, mais fácil impedir com que apareçam, não é?
Quem lê se opõe. Quem lê percebe as injustiças quando ocorrem, quem lê deixa de agir mecanicamente e começa a notar em seu entorno.
Quem lê protesta e move mudanças.
Leitura é informação, quem lê se intera dos fatos que ocorreram do outro lado do mundo apenas com um jornal em mãos. Ela nos faz conhecer um lado que desconhecíamos, e não falo nem de imaginação, mas de senso crítico, analítico, da capacidade de avaliar não só os nossos atos, mas de quem nos governa nessa falsa hierarquia onde no topo se encontram os mais pobres. Pobres de conhecimento.
Conhecimento, que também é fruto da (des)importante leitura, a qual deveria ser muito mais valorizada.
Munidos de bombas de informação, a arma mais temida por alguns, devemos sacudir as cinzas que pairaram sobre nossos ombros e dizer “não”. Somos jovens e não aceitamos que tenhamos um futuro prejudicado por decisões errôneas de alguns.
Quem lê grita. Gritemos!
Texto de Elena Raquel Benke
Tivemos também as turmas 99 e 201 que fizeram lindas apresentações culturais.
Fotos de Marco Dieder